quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Memórias de uma gaveta empoeirada

É tão gostosa a sensação de quando, sem nem querer, apenas pelo hábito rasgado da vida de pregar peças, você abre aquela velha gaveta atrás de alguma coisa bem banal, como uma tampa mordida de uma caneta velha, ou alguns clips pra grudar uma página que se soltou do seu fichário em um esbarrão que você deu, mais cedo, num cara gordo da parada de ônibus. Vai saber, né ?
E quando você começa a remexer a gaveta, entre papeis e bilhetes antigos, quinquilharias e souvenirs, a cada braçada dada, tantas lembranças são renovadas, como a lembrança do dia em que alguém que você gosta muito te deu um chocolate e você guardou a embalagem, com cuidado, na gaveta. E só de tocar na embalagem, sua boca já se enche de água. Tem vezes que as memórias são mais gostosas do que o verdadeiro fato... fato!

Um comentário:

Daniela Falcone disse...

FATO. Dá aquela nostalgia e vontade de viver tudo de novo.