quinta-feira, 17 de junho de 2010

A cor dourada

madimoseli é bela menina.
podia ser ruiva, madimoseli. não é.
podia ser sã. não.

podia escrever palavras com mil acentos, mil lágrimas, mil fins. ainda não.
pode voar, mas, naturalmente, poupa seu fôlego diariamente. nada de voos rasantes,
voar é a arte do distante, voar é ter pra onde fugir.
mas pinga chuva no coração de madimoseli, pra resfriar tal coração tão quente,
que em meio a larva dos ferventes, se lava em água a amolecer.

ela fala em francês, madimoseli. me pergunta a cor do meu sorriso.
antes que eu responda, pergunta-me a cor do carrossel. - DOURADO, eu diria
se não fosse a falta de euforia, alcançar madimoseli.

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